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Características da Célula Animal

Fig. 2 - Célula Animal e Organelas

A célula animal, assim como a vegetal e a procarionte, apresenta uma membrana que é responsável por manter a integridade da célula e também por controlar a passagem de substâncias que entram e saem dela. Essa membrana, que é chamada de membrana plasmática (ou membrana celular) é constituída por lipoproteínas e envolve todo o citoplasma e organelas.

O citoplasma preenche o interior das células no qual as organelas estão inseridas. Ele está sempre em movimento, fazendo com que os nutrientes e as demais substâncias estejam distribuídas por toda extensão da célula. Como você deve ter percebido, até aqui não vimos nenhuma estrutura nova em relação às células procariontes. O que podemos notar é que a membrana plasmática dos possuía algumas especializações que não existem aqui, como por exemplo, os mesossomos. Se você se lembrar, os mesossomos são responsáveis pela respiração celular, papel que nas células eucarióticas é desenvolvido pelas mitocôndrias. As mitocôndrias são constituídas por uma membrana dupla: a membrana externa é lisa, e apesar de ser responsável pela proteção da mitocôndria é bastante permeável a passagem de substâncias. Já a membrana interna possui inúmeras pregas onde se encontram as enzimas responsáveis pela síntese de ATP (energia). Como particularidade das mitocôndrias, elas possuem um DNA próprio e tem capacidade de autoduplicação independente da célula.

Fig. 3 - Esquema de Célula Eucarionte

  O núcleo, importante aspecto evolutivo das células eucariontes, é individualizado por uma dupla membrana, a membrana nuclear, que possui inúmeros poros que estabelecem a comunicação com o citoplasma. O núcleo contém o material genético da célula e funciona coordenando várias ações, como por exemplo, a codificação do RNAm para produção de proteínas e a replicação do DNA necessária para a reprodução celular. 

Em relação à produção de proteínas, vimos que as bactérias possuem ribossomos dispersos no citoplasma desempenhando essa função. As células animais também possuem ribossomos livres, mas a maioria encontra-se associada ao retículo endoplasmático. O retículo endoplasmático é uma organela membranosa que pode ou não apresentar ribossomos aderidos. Quando associado aos ribossomos é chamado de retículo endoplasmático rugoso (RER) e age na síntese de proteínas, quando livre é chamado de retículo endoplasmático liso (REL) e está envolvido na produção de lipídios e metabolização de substâncias tóxicas. O complexo de Golgi, que é uma organela constituída por vesículas achatadas e empilhadas, tem como função a secreção celular.

Outra função muito importante é a desenvolvida pelos lisossomos: a digestão intracelular. Além da digestão de partículas fagocitadas, os lisossomos também são responsáveis por degradar organelas e componentes celulares envelhecidos, fazendo a “limpeza” da célula. Por outro lado, os peroxissomos degradam produtos tóxicos em produtos inofensivos, como o peróxido de hidrogênio que é transformado em água e oxigênio.

Uma estrutura que está presente nas células animais, mas está ausente nas plantas superiores é o centrossomo. Ele possui um ou dois centríolos que estão relacionados com a divisão celular.